Dados do Trabalho
Título
MICRORELEVO INFLUENCIA O CARBONO ORGANICO E O NITROGENIO TOTAL DE SOLO SOB FLORESTA DE CAATINGA
Resumo
Mudanças em escala de microrelevo podem influenciar o carbono orgânico (COS) e nitrogênio total do solo (NTS), mas essa influência é pouco conhecida em regiões semiáridas. Assim, objetivou-se avaliar a influência do microrelevo sobre as concentrações e estoques de COS e NTS sob floresta de Caatinga. Para isso, três formas de microrelevo (tratamentos em delineamento inteiramente ao acaso) classificados em plano, côncavo e retilíneo foram selecionadas, em um transecto de 360 m. Em cada forma de microrelevo, foram coletados solos em camadas de 10 cm de espessura até a profundidade de 50 cm, em quatro (n=4) pontos amostrais. As concentrações de COS e NTS foram quantificadas, seus estoques calculados e modelos lineares de efeitos mistos utilizados, com a forma de microrelevo e camadas de solo como fatores de efeito fixo e a localização ao longo do transecto como fator aleatório. A comparação de médias foi realizada usando o teste de Tukey a 5% Da camada superficial (0-10 cm) a camada mais profunda (40-50 cm), as concentrações de COS decresceram de 30,37 a 9,27 g kg-1, e as de NTS de 2,34 a 0,82 g kg-1. As concentrações de COS e NTS foram, respectivamente, 44% e 49% maiores, no microrelevo côncavo do que no plano e retilíneo. Os estoques de COS e NTS não sofreram influência da profundidade do solo, porém diferiram entre os microrelevos, com maiores estoques de COS nos microrelevos côncavo (56,7 Mg ha-1) e plano (50,2 Mg ha-1) em relação ao retilíneo (29,1 Mg ha-1). Enquanto os estoques de NTS obedeceram a seguinte ordem: côncavo (4,61 Mg ha-1) > plano (3,61 Mg ha-1) > retilíneo (2,16 Mg ha-1). Os maiores valores de COS e NTS encontrados no microrelevo côncavo, ao plano e retilíneo ocorrem por se tratar de uma área de deposição de material orgânico e mineral da cota mais elevada, bem como a formação de microclimas. Portanto, é importante considerar os efeitos da mudança em escala de microrelevo para avaliar o sequestro de C e N, em solos sob floresta de Caatinga.
Palavras-chave
Semiárido, Sequestro de carbono, Sequestro de nitrogênio
Agradecimentos
À Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (FAPEAM), à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), Governo do Estado do Amazonas, Instituto Nacional do Semiárido (INSA)
Área
Divisão 2 – Processos e Propriedades do Solo: Comissão 2.4 - Química do Solo
Autores
CLEUMAR SILVA DE SOUZA, RENATO FRANCISCO DA SILVA SOUZA, BRUNO DE OLIVEIRA DIAS, DOUGLAS MARCELO PINHEIRO DA SILVA, JHONY VENDRUSCOLO, FRANCILEL ARRUDA BEZERRA, LUIS ANTONIO COUTRIM DOS SANTOS