Dados do Trabalho

Título

RESPOSTA DA CULTURA DA SOJA EM FUNÇAO DE DOSES E FONTES DE FOSFORO NO NORTE DO PARANA

Resumo

Considerando uma tradição de aplicação doses relativamente elevadas de fertilizantes para a manutenção da produtividade da soja, a aplicação sucessiva de fósforo, em associação ao sistema de plantio direto, gerou um acúmulo desse elemento em solos brasileiros (WHITTERS et al., 2018), reforçando a importância da adoção de um manejo que maximize a eficiência da adubação fosfatada e, ao mesmo tempo, garanta níveis rentáveis de produtividade. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação de alguns componentes de produtividade, com ênfase na possibilidade de flexibilização e recalibração das doses de P, na região do Norte Pioneiro do Paraná.

O experimento foi conduzido em Bandeirantes, estado do Paraná, iniciando-se em 27 de out. de 2022 (semeadura), e colheita em 17 de mar. de 2023. Os tratamentos, seguindo um delineamento em blocos casualizados, foram: T1: Testemunha (Zero P); T2: Dose recomendada de P (70 kg/ha); T3: dose recomendada (Organomineral); T4: Metade da dose recomendada de P e T5: 150% da dose recomendada de P, com 4 repetições por tratamento.

Para variável produtividade, o tratamento T5, de acordo com teste de Tukey, ao nível de significância de 5%, foi significativamente superior ao T3, não havendo diferenças entre os tratamentos T5, T2, T4 e T1; para a variável peso de mil grãos não houve diferença significativa entre os tratamentos. O menor desempenho do organomineral, suspostamente, pode estar associada à menor velocidade de disponibilização dos nutrientes. Considerando que os níveis de P do solo estavam próximos do limite inferior da classe “alto teor de P”, não era esperado uma elevada resposta em produtividade, sugerindo uma possível viabilidade da redução de dose. Desse modo, os resultados indicam que é possível reduzir a recomendada de P, sem haja perdas significativas na produtividade, desde que exista uma reserva do elemento P no solo, porém ainda é considerada uma prática situacional, sem comprovação de que seja sustentável a longo prazo.

Palavras-chave

Adubação Fosfatada, Redução de Dose, Flexibilização da Adubação.

Instituição financiadora

Agradecimentos

Agradeço a UENP, e aos membros do Grupo de Pesquisa em Adubação e Fertilidade do Solo, GPAFS.

Área

Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.1 – Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas