Dados do Trabalho

Título

TAXA DE ACUMULO/PERDA DE CARBONO NO BIOMA PAMPA EM AREAS DE EXPANSAO DA CULTURA DA SOJA

Resumo

A expansão da cultura da soja tem afetado a região sul do Rio Grande do Sul (RS) nos últimos anos, substituindo a vegetação nativa do bioma local, o Pampa. Quando mal manejado, a mudança do uso da terra pode resultar em distúrbios no solo, como a perda de carbono (C) para a atmosfera. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar a taxa de acúmulo/perda de carbono no solo ao longo dos anos após a conversão da vegetação nativa em áreas de cultivo de soja em sistema de plantio direto. O estudo foi conduzido em três locais distintos da região sul do RS: Bagé, Cacequi e Dom Pedrito. Nessas áreas, a expansão da soja teve início em 2007, 2012 e 2014, respectivamente. Coletas de solo foram realizadas em três profundidades (0-10, 10-20, 20-30 cm) em duas condições de uso da terra: vegetação nativa e lavoura de soja. Para cada tipo de uso, foram feitas coletas em nove pontos amostrais. Com base no volume conhecido e na densidade da amostra, estimou-se a quantidade de carbono presente no solo na camada de 0-30 cm, expressa em Mg ha-1. O estoque de carbono encontrado nas áreas de lavoura de soja não diferiu do estoque encontrado nas áreas de vegetação nativa. No entanto, ao avaliar a taxa de acúmulo/perda de C, observa-se que as áreas convertidas em lavouras de soja apresentaram perda de C ao longo dos anos nos três locais amostrados. As taxas de perda foram de 0,429, 0,093 e 0,775 Mg ha-1 ano-1 para Bagé, Cacequi e Dom Pedrito, respectivamente. Assim, embora o plantio direto tenha sido adotado como uma prática comum nessas áreas de soja, há uma redução de C no solo quando comparado às áreas de vegetação nativa no bioma Pampa.

Palavras-chave

Palavras-chave: vegetação nativa; solo; plantio direto.