Dados do Trabalho
Título
FRAÇÕES DE CARBONO NO SOLO SOB FLORESTA ATLANTICA E CULTIVO DE CANA DE AÇUCAR EM PERNAMBUCO
Resumo
Solos podem armazenar quantidades substanciais de carbono (C), sendo o maior pool terrestre e fundamental para estabilizar o sistema climático global. Contudo, a ampla fragmentação de florestas no Brasil e sua substituição por cultivos agrícolas vem modificando os estoques de C no solo e, consequentemente, contribuindo para o aumento da concentração de CO2 na atmosfera. Objetivou-se quantificar os estoques de C orgânico total do solo (COT), C lábil (C-Lábil), C das substâncias húmicas (C-SH) em função da fragmentação, em Floresta Atlântica (situação de borda e de interior de fragmento florestal), comparando ao cultivo agrícola de cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil. Amostras de solo foram coletadas nas camadas de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm, em três situações: 1) borda de um fragmento de Floresta Atlântica, 2) interior do fragmento, e 3) cultivo de cana-de-açúcar, para determinação das frações de C. Os teores de carbono orgânico total (COT), carbono lábil (C-Lábil) e carbono das substâncias húmicas (C-SH: AF, AH, HUM) foram determinados para estimativa de seus respectivos estoques nas camadas do solo. Os estoques de COT e C-Lábil do solo não diferiram entre as áreas de borda e interior do fragmento florestal, mas foram superiores ao estoque observado na área cultivada com cana-de-açúcar. Contudo, os estoques de C-SH foram superiores no cultivo de cana-de-açúcar em algumas camadas do solo. A análise multivariada dos dados não possibilitou diferenciar as áreas de borda e interior em função das variáveis físico-químicas do solo e do COT, indicando similaridade. Destaca-se a elevada capacidade de estocagem de carbono nas camadas superficiais do solo sob Floresta Atlântica, na borda e no interior. As áreas de borda e interior do fragmento florestal têm a mesma capacidade de estocar carbono nas frações avaliadas, superando o estoque da área sob cultivo de cana-de-açúcar.
Palavras-chave
Borda florestal, COT do solo, fragmentação florestal, fração lábil, frações húmicas, solos florestais.
Agradecimentos
FACEPE (FUNDAÇÃO DE AMPARO À CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO); USINA TRAPICHE.
Área
Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.3 – Manejo e Conservação do Solo e da Água
Autores
ADRIANO CASTELO SANTOS, MARIA BETÂNIA GALVÃO SANTOS FREIRE, LUIZ CARLOS MARANGON, FERNANDO JOSÉ FREIRE, LUCCA SILVEIRA MOUSINHO MOSSIO, GIOVANA ELVIRA MELO, PEDRO GABRIEL CORREIA LUCENA