Dados do Trabalho

Título

VALORAÇAO ECONOMICA DAS PERDAS DE NUTRIENTES PELA EROSAO HIDRICA EM AREAS COM E SEM TERRAÇOS AGRICOLAS

Resumo

A erosão hídrica é uma das principais causas da degradação dos solos agrícolas no Brasil, e pode impactar de forma negativa os meios físico, biótico, econômico e social. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi estimar os custos on-site das perdas de nutrientes decorrentes da erosão hídrica do solo, em áreas com e sem terraços agrícolas. Foram realizados monitoramentos da precipitação, vazão e produção de sedimentos entre maio de 2019 a outubro de 2022 e coletada a água escoada pelo processo erosivo, em megaparcelas com e sem terraços, em área rural, no município de Cambé-PR. A área foi manejada com plantio direto e com os cultivos de soja no verão e milho na segunda safra. Foram determinadas as perdas de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) nos sedimentos contidos na água escoada pela erosão. As perdas de nutrientes foram convertidas em fertilizantes comerciais (ureia, superfosfato triplo, cloreto de potássio e calcário dolomítico) e multiplicados pelos seus respectivos preços de mercado – sendo utilizados dados de preço dos fertilizantes da Companhia Nacional de Abastecimento. Os valores monetários foram corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) para dezembro de 2022, e convertidos em dólares (1 USD = 5,2171 BRL - 30/12/2022). A partir dos resultados, observou-se que os custos com as perdas de nutrientes decorrentes da erosão hídrica foram de US$282.15 ha1 para a área sem terraço, e de US$32.33 ha-1 para a área com terraço. Na área com terraço os custos da erosão com as perdas de nutrientes foram 88,5% menores do que aqueles observados na área sem terraço. Assim, verifica-se que o terraço agrícola foi capaz de reduzir os custos relativos as perdas de nutrientes decorrentes da erosão hídrica em aproximadamente 90%, quando comparado à área sem terraço. Estes resultados se mostram relevantes para apoiar técnicos e agricultores na difusão e tomada de decisão acerca da adoção ou não de práticas de conservação do solo.

Palavras-chave

Microbacia hidrográfica; Custos; Macronutrientes; Fertilizantes comerciais.

Microbacia hidrográfica; Custos; Macronutrientes; Fertilizantes comerciais.

Microbacia hidrográfica; custos; Macronutrientes; fertilizantes comerciais.

Instituição financiadora

CNPq e Itaipu Binacional.

Agradecimentos

Ao CNPq e a Itaipu Binacional pelo apoio financeiro.

Área

Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.3 – Manejo e Conservação do Solo e da Água