Dados do Trabalho

Título

ESTIMATIVA DE NIVEIS CRITICOS DE CALCIO E MAGNESIO EM FOLHAS DE PESSEGUEIROS DA SERRA GAUCHA

Resumo

O Brasil é o terceiro maior produtor de pêssego da américa latina, tendo produzido 119.000 toneladas na safra 2021. Entretanto, a produtividade média brasileira de pêssegos é próxima da metade das observadas nos países com as maiores produtividades (Estados Unidos, Chile e Itália). Estes resultados, em parte, podem ser explicados pela fragilidade das recomendações técnicas regionais, que definem níveis críticos (NC) e faixas de suficiência (FS) de nutrientes. Nos sistemas de recomendação brasileiros usados atualmente, essas informações são obtidas de um pequeno número de experimentos, derivados de regiões isoladas, podendo nem sempre originar NC e FS adequados. A definição de NC e FS para regiões e cultivares específicas pode ser resolvida com o emprego de técnicas de machine learning que relacionem o teor de nutrientes e a produção da cultura. Assim, o presente trabalho objetivou estimar NC e FS dos nutrientes cálcio (Ca) e magnésio (Mg) em folhas de pessegueiros cultivados na Serra Gaúcha. O conjunto de dados foi derivado de observações de indivíduos de pessegueiro (Prunus persica) da cultivar copa ‘PS 10711’ (n = 42) em produção, na safra de 2022/2023, cultivados em propriedades do município de Pinto Bandeira, Rio Grande do Sul, Brasil. Os modelos foram desenvolvidos com base na Linha de Fronteira, usando Bayesian change point quantile regression para medir a relação entre rendimento do pessegueiro com o teor de Ca e Mg em folhas. O NC de Ca em folhas foi de 31 g kg-1 e a FS, que considera 10% de variação em relação ao NC, ficou entre 28 e 35 g kg-1. Já o NC de Mg em folhas foi de 5,5 g kg-1 e a FS ficou entre 5,0 e 6,0 g kg-1. A definição desses NC e FS possibilita a racionalização do uso de fertilizantes, pois os valores gerados possuem maior precisão e assim viabilizam tomadas de decisões mais assertivas sobre a recomendação de fertilizantes.  

Palavras-chave

Prunus persica; nutrição mineral; modelos de regressão quantílica.

Instituição financiadora

FAPERGS - 21/2551-0001920-4, ASPROFRUTA e PRE/UFSM.

Agradecimentos

FAPERGS, ASPROFRUTA e UFSM.