Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO DA APTIDAO AGRICOLA EM AMBIENTES DE MONTANHA NO ESPIRITO SANTO, BRASIL

Resumo

O Brasil possui uma extensa área montanhosa, ocupando a quarta posição na América Latina. Essas regiões são caracterizadas por uma ampla diversidade de fatores, tais como topografia, clima, solo e biodiversidade, tornando-as ambientes frágeis. Na região sudeste do Brasil, esses ambientes são particularmente relevantes e têm sido ocupados de maneira desordenada, resultando na sua degradação. O objetivo deste estudo foi avaliar a aptidão agrícola das terras em uma propriedade agrícola situada em uma área de montanha em Ibiraçu, Espírito Santo. Foram selecionadas três áreas de cultivos: banana (Musa spp.), café (Coffea sp.) e cacau (Theobroma cacao L.) e três fragmentos de floresta, foram utilizados como referência. Foram descritos doze perfis, sendo esses classificados de acordo com o SiBCS, e a aptidão agrícola segundo o Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras. Os perfis em sua grande maioria (11) foram classificados como Cambissolos Háplicos e um como Argissolo Amarelo, sendo a declividade da área um dos fatores que mais contribui para a formação destes solos. Quanto a aptidão agrícola, a declividade (relevo variando de ondulado a forte ondulado) foi o fator mais restritivo. Todas as áreas foram classificadas com aptidão restrita para culturas, sendo que a forma de manejo e o tipo de cultura que estão sendo empregadas proporcionam uma menor degradação das terras. As culturas perenes propiciam uma menor mobilização do terreno e com isso uma diminuição da intensidade dos processos erosivos. Os fragmentos de floresta, observados na área devem ser destinados a preservação. Conclui-se um dos principais desafios nessas áreas é a redução dos processos erosivos em função da declividade, dessa forma sugere-se a adoção de algumas práticas agrícolas, tais como a emprego de plantas de cobertura nas entrelinhas do café e implantação de sistemas agroflorestais (SAFs), nas áreas de cacau e de banana, promovendo diversidade na produção e assegurando a saúde do solo.

Palavras-chave

Montanhas; Sustentabilidade; Agrofloresta

Instituição financiadora

FAPERJ; CAPES

Agradecimentos

Família Zandoná

Área

Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.3 – Manejo e Conservação do Solo e da Água