Dados do Trabalho

Título

ABUNDANCIA DE ACAROS E COLEMBOLOS DE UM SOLO CONSTRUIDO APOS 14,6 ANOS DE REVEGETAÇAO

Resumo

A recuperação do solo após a mineração de carvão envolve diferentes abordagens, das quais se engloba o retorno dos organismos da fauna edáfica. O objetivo do trabalho foi avaliar a abundância de ácaros e colêmbolos, nas diferentes estações do ano, em um solo minerado em processo de recuperação. O estudo foi realizado na Mina de carvão de Candiota, sob concessão da Companhia Riograndense de Mineração, em um solo construído em 2003 e sob revegetação com as seguintes gramíneas desde 2007: Hemartria altissima, Cynodon dactylon, Panicum maximum, Urochloa humidicola e Urochloa brizantha. Para a captura dos organismos que habitam a interface serrapilheira-solo foi utilizada a armadilha de queda de tretzel e para a captura dos organismos que habitam o interior do solo foi utilizado o método do Funil Extrator de Tullgren. Esta captura ocorreu em 2 estações: verão (março de 2022) e inverno (agosto de 2022).  No método da armadilha de tretzel a maior abundância de colêmbolos foi observada no inverno sob a revegetação de Urochloa brizantha e Urochloa humidicola, ambas com mais de 300 indivíduos, enquanto que no verão não houve diferença entre as gramíneas, variando entre 40 e 110 indivíduos. No método do Funil Extrator de Tullgren a população de colêmbolos foi similar no inverno e no verão oscilando entre 57 e 200 indivíduos. A maior abundância de ácaros foi observada no verão, independente da metodologia de captura, destacando-se a revegetação com Urochloa brizantha, onde foi observado na interface serapilheira-solo mais de 400 indivíduos, enquanto que no interior do solo o número de indivíduos ultrapassou 1300 indivíduos. O solo construído sob revegetação de Urochloa brizantha apresentou maior potencial de retorno de ácaros e colêmbolos na área degradada da Mina de Candiota.

Palavras-chave

biologia do solo; recuperação de áreas degradadas; gramíneas perenes.