Dados do Trabalho


Título

ESTRUTURA DA COMUNIDADE EDAFICA E SUA ATIVIDADE ALIMENTAR COMO INDICADORES DE RESTAURAÇAO DE AREAS

Resumo

Estima-se que no território brasileiro há necessidade de restauração de 21 milhões de hectares. Parte desta área deveria compor Áreas de Preservação Permanente (APP) ou Reserva Legal (RL). Neste contexto, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) idealizou um modelo de restauração tendo como base as premissas de sistemas agroflorestais (SAFs), contribuindo na conservação pelo uso das espécies nativas, corroborando com as demandas da legislação e dos produtores rurais. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos modelos de restauração propostos pela Epagri para a estrutura da comunidade edáfica e sua atividade alimentar. Os tratamentos do experimento consistem em modelos de restauração ativa (SAFs) com distintas densidades populacionais das espécies Ilex paraguariensis; Araucaria angustifólia; Mimosa Scabrella e Carya illinoinensis, além de um modelo de restauração passiva (pousio), sendo a testemunha a mata nativa. Para a coleta da fauna edáfica foram usados os métodos de armadilhas de queda (pitfalls); funil de Berlese; escavação de monolitos de solo (25 cm x 25 cm x 20 cm) e lâminas-isca (bait lamina, ISO 18311). As avaliações foram realizadas na primavera (2022) e verão (2023), a comunidade edáfica foi classificada em grupos e posteriormente determinados índices ecológicos. Avaliaram-se cerca de 24.045 indivíduos distribuídos em 25 grupos. Os resultados parciais indicam que as estratégias de restauração não apresentaram diferença quanto à Diversidade de Shannon, Dominância de Simpson e Equitabilidade de Pielou. A atividade alimentar da fauna também não diferiu estatisticamente entre os tratamentos. A composição da comunidade edáfica e sua atividade alimentar apresentaram diferenças entre as estações do ano. Os dados apontam uma tendência à similaridade entre os modelos quanto aos indicadores ecológicos, o que indica potencial similar entre todos os modelos no que tange à restauração da fauna edáfica e seus processos

Palavras-chave

áreas degradadas; erva-mate; sistema agroflorestal; floresta de araucárias.

Instituição financiadora

FAPESC; UNIEDU; BNDES (Projeto Reforma).

Agradecimentos

As equipes da EPAGRI, PPGEAN, Nesbio, Necotox.

Área

Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.5 – Poluição, Remediação do Solo e Recuperação de Áreas Degradadas

Autores

LUIZ PAULO PRESTES DE MEDEIROS STIEBLER, THOMAS MELQUIADES KINUPP, ANGELO BARBOSA SILVA, ANA LUCIA HANISCH, DJALMA EUGENIO SCHIMIDT, JULIA CARINA NIEMEYER, ALEXANDRE SIMINSKI