Dados do Trabalho

Título

CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA EM AGROECOSSISTEMAS DE PRODUÇAO FAMILIAR DE HORTALIÇAS.

Resumo

A microbiota do solo é a principal responsável pela decomposição de resíduos orgânicos, ciclagem de nutrientes e fluxo de energia no solo; o que tem um impacto direto na transformação da matéria orgânica. O objetivo do estudo foi avaliar o carbono da biomassa microbiana em diferentes agroecossistemas de produção familiar de hortaliças. Foram coletadas amostras de solo, na camada de 0-10 cm, de quatro diferentes agroecossistemas (1, 2, 3 e 4) no município de São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul. Os Agroecossistemas 2 e 3 estavam sob manejo agroecológico e os Agroecossistemas 1 e 4, sob o manejo convencional. Foi utilizada uma área de mata nativa, dentro de cada agroecossistema, como referência. A quantificação do carbono da biomassa microbiana (CBM) foi realizada pelo método de Irradiação-Extração. Os solos cultivados com hortaliças sob manejo agroecológico apresentaram valores absolutos de CBM mais elevados (129 mg kg-1 – Agroecossistema 2; 294 mg kg-1 – Agroecossistema 3) em relação às áreas sob manejo convencional (74 mg kg-1 – Agroecossistema 4; 112 mg kg-1 - Agroecossistema 1). No Agroecossistema 3, o valor da CBM da área de horta foi superior à área de mata (126 mg kg-1), indicando uma atividade microbiana significativa para a saúde e qualidade do solo. O manejo agroecológico adotado no Agroecossistema 3 apresenta uma maior atividade microbiana em relação aos solos sob manejo convencional e superior ao solo referência. Tal resultado indica claramente que a adoção de práticas como a adubação orgânica, o uso de biofertilizantes e a cobertura do solo, adotado a longo prazo, podem impactar de forma positiva no solo.

Palavras-chave

microbiota do solo; cultivo de hortaliças; manejo agroecológico.