Dados do Trabalho


Título

USO DE BIOINDICADORES DE SOLO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS NO SUL DO BRASIL

Resumo

Os sistemas agroflorestais (SAFs) tem sido indicados como opções legalmente aceitas para a adequação das propriedades rurais no Brasil, mas sua adoção segura ainda demanda de uma gama de informações, tanto econômicas, quanto ambientais. Entre os indicadores ambientais, a avaliação de bioindicadores da saúde do solo, como as enzimas, pode contribuir para a validação do uso de tecnologias como os SAFs. Neste sentido, foi implantado um experimento com diferentes arranjos com espécies florestais para o Sul do Brasil (erva-mate, bracatinga, pinheiro-araucária e noz-pecã), em uma antiga área de lavoura, sem revolvimento do solo, em delineamento inteiramente casualizado,  com quatro tratamentos: 1) erva-mate adensada; 2) erva-mate sombreada; 3) agrofloresta; 4) área de pousio para regeneração natural; com quatro repetições, em parcelas de 900m2. Dezesseis meses após a implantação, foram  coletadas amostras de solo na camada de 0-10cm de profundidade, para análise dos teores das enzimas Arilsulfatase e Betaglicosidase pelo método BioAs, bem como os demais parâmetros químicos, físicos e biológicos do solo. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey (5% probabilidade). Houve efeito dos tratamentos para a enzima betaglicosidase, cujo teor foi maior no tratamento com pousio (141mg p_nitroferrol/kgsolo/hora), que nos três SAFs avaliados, que variaram entre 113 e 134mg. Esse resultado pode estar relacionado às atividades desenvolvidas para a manutenção da erva-mate nos primeiros doze meses pós-plantio nos SAFs, como roçadas e capinas, enquanto no pousio o solo permaneceu sem interferências. Por outro lado, não houve efeito sobre os teores da arilsulfatase, que foi em média de 176 mg p_nitroferrol/kg solo/hora. Os valores observados para ambas as enzimas são consistentes com dados de sistemas conservacionistas de solo.

 

Palavras-chave

betaglicosidase; arilsulfatase; método BioAs; erva-mate

Instituição financiadora

FAPESC

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio financeiro da FAPESC, que tem permitido o avanço em pesquisas de longa duração como os SAFs

Área

Divisão 2 – Processos e Propriedades do Solo: Comissão 2.1 – Biologia do Solo

Autores

ANA LUCIA HANISCH, GILCIMAR ADRIANO VOGT, LUIZ PRESTES MEDEIROS STIEBLER, ALEXANDRE SIMINSKI, GILSON JOSÉ MARCHINICHEM GALLOTTI