Dados do Trabalho


Título

AREAS PROTEGIDAS, ESPAÇO E RELEVO FREIAM A EXPANSAO DA PISCICULTURA EM RONDONIA

Resumo

A piscicultura no Brasil vem crescendo exponencialmente e alcançando os mercados internacionais, que têm mostrado interesse nas espécies nativas, cujo o principal centro produtivo é o estado de Rondônia. A alta produção de peixes vem proporcionando boa rentabilidade para os piscicultores com ganhos significativos, o que tem gerado divisas para o país. Porém, com o avanço de outras atividades agrárias como a pecuária e a produção de grãos, as áreas para a implantação de novas instalações piscícolas estão cada vez mais escassas, de forma que essa atividade necessita de um planejamento estratégico para garantir sua expansão e sustentabilidade. Em face disso, este estudo objetivou identificar os desafios econômicos e ambientais para a expansão da piscicultura em Rondônia, para tal, foi desenvolvido um diagnóstico do relevo, das áreas de preservação permanentes (APPs) e do uso da rede hídrica estadual. Assim, junto a CPRM-RO foram levantadas informações sobre o relevo, das áreas de APPs e das bacias hidrográficas do estado, bem como as informações sobre a distribuição das pisciculturas com a Agência de Meio Ambiente (SEDAM). Os dados foram trabalhados e salvos em arquivos no formato shapefile, com o auxílio do programa ArcGis Pro. O banco de dados georreferenciado permitiu a confecção de mapas temáticos com a distribuição das pisciculturas sobre a geomorfologia do estado, indicando os principais focos dessa atividade, sugerindo que as APPs e o relevo são os fatores que limitam a expansão da pisicultura no estado. Dessa forma uma alternativa para solucionar esse gargalo no setor da produção de peixes, seria investir em novas tecnologias, como os sistemas de tanques lona com recirculação de água e uso de bioflocos, implementação de tanques-redes em lagos de usinas hidreletricas (hoje subutilizados), maximizando assim o uso do espaço com sistemas de produção de peixes mais eficientes, garantindo a sustentabilidade da piscicultura, para dar continuidade na produção de proteína animal a nível nacional e internacional. Estas informações podem auxiliar os gestores e tomadores de decisões, com diretrizes mais assertivas, evitando conflitos com a sobreposição de áreas de uso comum, contribuindo para um melhor planejamento e uso responsável do solo e seus recursos hídricos

Palavras-chave

Desenvolvimento regional, Piscicultura, Uso do solo, Geografia, Topografia.

Instituição financiadora

CHAMADA FAPERO 022/2022, PROCESSO 0012.067926/2022-60, PAP UNIVERSAL AP-CA

Agradecimentos

À FAPERO, UNIR e Governo do Estado de Rondônia.

Área

Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.3 – Manejo e Conservação do Solo e da Água

Autores

RANIERE GARCEZ COSTA SOUSA, MARCELO BATISTA OLIVEIRA