Dados do Trabalho


Título

MORFOLOGIA E GENESE DE PLINTOSSOLOS PETRICOS BAUXITICOS E FERRUGINOSOS NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL

Resumo

Plintossolos Pétricos são predominantemente ferruginosos no território brasileiro, com menor ocorrência dos aluminosos ou bauxíticos. Diferenças geoquímicas, mineralógicas e morfológicas separam essas classes de solos, todas decorrentes de pedogênese distinta. Na paisagem quartzítica da Serra do Espinhaço Meridional (MG) os dois tipos são relatados. Pretende-se com este estudo identificar e compreender as diferenças e os principais processos pedogenéticos associados à evolução destes solos. Foram feitas descrições macro e micromorfológicas e análises geoquímicas, mineralógicas e geocronológicas em nove perfis de Plinotossolos Pétricos localizados em diferentes elevações: 1600, 1400, 1200 e 1000 m. A morfologia refletiu os processos de formação e permitiu identificar o material de origem, complementando as interpretações das análises de FRX e DRX. As idades obtidas por (U-Th)/He em grãos de goethita foram relevantes para  delimitar os períodos climáticos mais propícios à intensa dissolução-precipitação mineral. Os perfis aluminosos caracterizam-se por matriz variegada, com grandes manchas vermelhas e amarelas, e os ferruginosos apresentam aspectos maciços, nodulares e/ou pisolíticos. Os dados geoquímicos e mineralógicos apontam para um passado ferruginoso dos perfis bauxíticos, com processos de lateritização anteriores à bauxitização. Os períodos propícios à bauxitização foram no Mioceno Superior e Pleistoceno Inferior, porém alguns perfis ferruginosos estavam evoluindo em pelo menos uma dessas épocas, excluindo o clima como fator limitante para a inibição de sua bauxitização. Por fim, maiores altitudes e material de origem pouco quartzoso parecem favorecer a formação dos perfis bauxíticos. Enquanto altitudes mais elevadas favoreceram os processos de bauxitização, devido à circulação hídrica mais rápida, os materiais de origem com mais quartzo geraram soluções siliciosas, que inibiram a precipitação da gibbsita, conduzindo à formação de caulinita.

Palavras-chave

petroplintitas; duricrusts; ferricretes; processos de formação

Instituição financiadora

Agradecimentos

Área

Divisão 1 – Solo no espaço e no tempo: Comissão 1.1 - Gênese e Morfologia do Solo

Autores

DANIELA SCHIEVANO DE CAMPOS, ALEXANDRE CHRISTÓFARO SILVA, PABLO VIDAL-TORRADO