Dados do Trabalho


Título

RESPOSTA FISIOLOGICA DE LUPULO CASCADE SUBMETIDO A DIFERENTES NIVEIS DE UMIDADE DE SOLO

Resumo

O cultivo de lúpulo no Brasil tem crescido nos últimos anos. Entretanto, a pesquisa brasileira sobre esta cultura em condições edafoclimáticas do país é recente. O objetivo deste trabalho foi avaliar fisiologicamente o comportamento de lúpulos cultivar Cascade sob diferentes umidades de solo. As plantas foram conduzidas na safra 2021/2022 em vasos com Cambissolo Húmico em estufa e após a determinação da capacidade de campo (CC), se manteve as seguintes umidades do solo: 90 a 100% da CC, 75 a 85% da CC, 60 a 70% da CC, todas durante todo o ciclo; e 75 a 85% da CC com corte da irrigação 4 dias antes da colheita. Avaliou-se a fotossíntese líquida e taxa transpiratória com um medidor portátil de fotossíntese IRGA (Infra-Red Gas Analyzer), modelo LI-6400 (LI-COR), nos meses de dezembro/21 e janeiro/22, e as médias submetidas à avaliação estatística pelo teste Tukey (p<0,05) em delineamento inteiramente casualisado, com 4 tratamentos e 4 repetições. No mês de dezembro, as duas variáveis analisadas não diferiram estatiscamente entre os tratamentos, com uma média de 5,22 µmol CO2 m-2 s-1 para fotossíntese e 3,96 µmol CO2 m-2 s-1 para taxa transpiratória. No mês seguinte, as plantas mantidas em maior umidade apresentaram valores superiores aos demais tratamentos, com fotossíntese de 9,36 µmol CO2 m-2 s-1 e uma média de 4,79 µmol CO2 m-2 s-1 para os demais tratamentos. O mesmo comportamento foi observado para taxa transpiratória, onde a condição de 90 a 100% da CC foi de 4,82 µmol CO2 m-2 s-1, enquanto os demais tratamentos não diferiram entre si, com uma média de 2,06 µmol CO2 m-2 s-1. A umidade do solo interferiu na fisiologia de lúpulos Cascade apenas na fase final de desenvolvimento, onde já haviam flores e formação de cones, de forma que menor umidade de solo (abaixo de 85% da CC) reduziu a fotossíntese líquida e taxa transpiratória.

Palavras-chave

Humulus lupulus; água; capacidade de campo; restrição hídrica.

Instituição financiadora

Agradecimentos

Área

Divisão 2 – Processos e Propriedades do Solo: Comissão 2.2 – Física do Solo

Autores

RAQUEL CARLOS FERNANDES , JOSÉ EDUARDO SANDI GOULART, MARILIA FERREIRA GOULART PEREIRA , MARCELO ALVES MOREIRA , JACKSON ADRIANO ALBUQUERQUE, MARCIO CARLOS NAVROSKI