Dados do Trabalho
Título
O FLUXO DE CO2 NA ANTARTICA MARITIMA SE CORRELACIONA COM IMAGENS OBTIDAS POR DRONE
Resumo
Estudar a dinâmica dos fluxos de CO2 em ambientes periglaciais é estratégico para a compreensão das mudanças climáticas globais. Portanto, objetivou-se correlacionar o fluxo de CO2 do solo com imagens de drone em ambiente periglacial. A área estudada é a península Stenhouse, localizada na Ilha Rei George, Antártica Marítima. Utilizou-se um analisador de gás infravermelho (IRGA) para a mensuração dos fluxos de CO2 do solo sob a presença (respiração líquida do ecossistema - NEE) e a ausência (respiração do ecossistema - ER) de luz solar em duas áreas com aproximadamente 15m² cada. Para obtenção das imagens utilizou-se um drone com duas câmeras, sendo uma termográfica e outra multiespectral (R+G+B+RedEdge+NIR). Para os dados do IRGA ajustou-se um modelo de regressão em cada um dos pontos. Gerou-se os ortomosaicos das imagens e calculou-se índices de vegetação (NDVI e SAVI). Sequencialmente derivou-se variáveis morfométricas do modelo digital de terreno (MDT). De posse dos dados, calculou-se uma matriz de correlação, a média e o desvio padrão dos fluxos, enquadrando as áreas como fonte ou dreno de CO2 utilizando o software R. O relevo se correlacionou em diferentes intensidades com as imagens, com NEE e ER. As imagens térmicas não se correlacionaram com as demais variáveis, evidenciando que a informações térmicas são diferentes das informações multiespectrais. A ER e a NEE se correlacionaram de forma positiva com o índice de umidade (SWI) e negativa com o MDT, sugerindo que áreas com menor altitude e SWI adequado favorecem a respiração do solo. A ER se correlacionou positivamente com o NDVI e SAVI; e a NEE negativamente com o NIR. Apesar da ausência de vegetação, à medida que a respiração diminuiu o NDVI aumentou, sugerindo a influência de organismos sob o NDVI e, consequentemente, sob a respiração do solo. Ambas as áreas apresentaram NEE e ER negativos se enquadrando como dreno de CO2 da atmosfera. Os fluxos de CO2 se correlacionaram com as imagens de drone.
Palavras-chave
gases de efeito estufa – GEE; câmera térmica; aquecimento global
Instituição financiadora
CNPq, PROANTAR
Agradecimentos
PROANTAR, TERRANTAR, CNPq, CAPES, UFV, LABGEO
Área
Divisão 1 – Solo no espaço e no tempo: Comissão 1.3 - Pedometria
Autores
CLARA GLÓRIA OLIVEIRA BALDI , CÁSSIO MARQUES MOQUEDACE, ISABELLE DE ANGELI OLIVEIRA, RUGANA IMBANÁ, DANILO CÉSAR DE MELLO, MÁRCIO ROCHA FRANCELINO