Dados do Trabalho

Título

VIABILIDADE ECONOMICA DA VERMICOMPOSTAGEM DE ESTERCO DE EQUINOS PARA AGRICULTURA FAMILIAR

Resumo

A vermicompostagem, um processo que utiliza minhocas para degradar materiais orgânicos, tem sido cada vez mais reconhecida como uma técnica sustentável para a produção de adubo orgânico de alta qualidade. A utilização do esterco de equinos é frequentemente negligenciada nas propriedades agrícolas devido ao seu potencial agronômico ainda subexplorado. No contexto da agricultura familiar, a vermicompostagem do esterco de equinos pode representar uma oportunidade promissora para melhorar a qualidade do solo e aumentar a produtividade agrícola, além de gerar benefícios econômicos. Neste estudo, avaliamos a viabilidade econômica dessa prática para a agricultura familiar, com ênfase na análise de custos e benefícios. A partir da construção de um sistema de pré-compostagem e vermicompostagem, analisamos o rendimento de minhocas, biofertilizante líquido, vermicomposto e as características químicas. Todos os custos com a implementação do sistema, equipamentos e serviços foram considerados. O processo de vermicompostagem com esterco de equinos apresentou um rendimento de 299,44% no número de minhocas e 54,94% de vermicomposto. A análise química do vermicomposto demonstrou valores de interesse agronômico e baixos teores de metais pesados. Os potenciais ganhos econômicos com a vermicompostagem foi de R$ 2,55 por kg de esterco de equino fresco. Considerando um projeto ampliado em escala de agricultura familiar, obtém-se um payback em 9 meses e valor presente líquido positivo de R$ 39.272,46 em cinco anos. Em suma, a vermicompostagem de esterco de equinos demonstrou ser economicamente viável, com baixo custo de implementação e rápido retorno de investimento. Além disso, o uso da técnica é uma alternativa para redução do passivo ambiental, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da equinocultura brasileira.

Palavras-chave

Vermicomposto; Minhocas; Passivo ambiental; Resíduos sólidos orgânicos.

Agradecimentos

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS); Equipe de Estudos e Educação Ambiental (EEA-UEFS)